Blog do Caio Quinderé

  O meu lugar tem cheiro de feijoada no domingo, tem criança correndo na rua, tem roda de samba na calçada e um tantã marcando o compasso da vida. O meu lugar tem a voz de Arlindo Cruz. Arlindo é mais que sambista — é contador de histórias, poeta das esquinas, herdeiro e guardião de uma tradição que nasceu no quintal do povo e conquistou o mundo. No seu canto, o samba não é só música: é afeto, é abraço, é resistência. Com o violão no colo, ele transforma lembrança em melodia e saudade em refrão. Foi nas vielas e nos terreiros que ele aprendeu que samba é família, é amizade, é partilha. E foi nos palcos e nas quadras que mostrou que o samba também é orgulho e dignidade. Compositor de mais de 500 canções , Arlindo cantou a beleza do simples, a força do amor e a fé que não se curva diante das tempestades. Sua trajetória é marcada pela fusão perfeita entre tradição e renovação. Ao lado de Sombrinha, no grupo Fundo de Quintal, ajudou a redefinir o pagode, sem jamais abandonar a raiz. S...

Arlindo Cruz é um dos maiores nomes da história do samba, um verdadeiro embaixador desse gênero musical que é alma e identidade do Brasil. Compositor, cantor e instrumentista talentoso, ele construiu uma obra que une a tradição dos grandes mestres à renovação constante do ritmo, sempre com a essência do samba de raiz. Nascido no subúrbio carioca, Arlindo aprendeu cedo que o samba não é apenas música: é memória, é resistência e é comunidade. Suas composições, muitas vezes em parceria com outros gigantes como Sombrinha e Zeca Pagodinho, tornaram-se hinos populares, cantados em rodas de samba, quadras de escolas e palcos de todo o país. Com mais de 550 músicas registradas, seu repertório traz lirismo, humor, crítica social e profundo respeito pela cultura negra que deu origem ao samba. Arlindo Cruz ajudou a popularizar o pagode nos anos 1980 e 1990, mantendo a qualidade poética e harmônica que o distingue. Ele também foi presença marcante na escola de samba Império Serrano, sempre valor...