Arlindo Cruz – O Poeta do Samba que Virou Patrimônio Cultural
Arlindo Cruz é um dos maiores nomes da história do samba, um verdadeiro embaixador desse gênero musical que é alma e identidade do Brasil. Compositor, cantor e instrumentista talentoso, ele construiu uma obra que une a tradição dos grandes mestres à renovação constante do ritmo, sempre com a essência do samba de raiz.
Nascido no subúrbio carioca, Arlindo aprendeu cedo que o samba não é apenas música: é memória, é resistência e é comunidade. Suas composições, muitas vezes em parceria com outros gigantes como Sombrinha e Zeca Pagodinho, tornaram-se hinos populares, cantados em rodas de samba, quadras de escolas e palcos de todo o país. Com mais de 550 músicas registradas, seu repertório traz lirismo, humor, crítica social e profundo respeito pela cultura negra que deu origem ao samba.
Arlindo Cruz ajudou a popularizar o pagode nos anos 1980 e 1990, mantendo a qualidade poética e harmônica que o distingue. Ele também foi presença marcante na escola de samba Império Serrano, sempre valorizando o samba-enredo como uma arte coletiva e grandiosa.
Seu legado ultrapassa as fronteiras da música: Arlindo é símbolo de superação, fé e amor à vida. Mesmo após enfrentar graves problemas de saúde, sua obra segue viva, inspirando novas gerações de sambistas e mantendo acesa a chama de um Brasil que se reconhece no batuque do pandeiro e na poesia da rua.
O nome de Arlindo Cruz é sinônimo de alegria, brasilidade e autenticidade. Seu canto e seu violão fizeram e continuam fazendo história — provando que o samba, quando bem cuidado, é eterno.
Vá na Luz, grande mestre!
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