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Mostrando postagens de 2020

Tempo... Tempo..precisamos conhecê-lo...

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O menino e sua curiosidade  Quando menino, eu gostava de ouvir histórias para recriá-las no mundo da imaginação. Ai, cobertores, lençóis, almofadas, caixas de papelão, panelas e outros artigos de cozinha viravam cavernas, grutas, palácios, castelos, espadas, carros e nave espacial.  Gostava de ficar ali, quietinho, no meio dos adultos, escutando as conversas dos meus pais e vizinhos.  Gostava de  criar cenas e pessoas, dialogar com seres imaginários, visitar países, cidades e lugares diferentes.  Gostava de ter vivido n'outras épocas, ter exercido outras profissões, ter lutado outras guerras, ter conduzindo coches e cavalgado em elefantes e camelos.  Aquilo me fazia  atravessar o tempo-espaço e chegar a lugares não antes imaginados.  E, quando, eles (os mais velhos) falavam dos anos 2000, era ainda mais fantástico, um tempo tão tão tão distante. Um tempo cronologicamente estranho quanto incrível, mas utopicamente possível.  Uma transformação, uma conquista Nasci a um ano ant

Homeless in Glasgow

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Me e The Other Me and the Other The other in the other What's in me And there is no in the other What's in the other Who runs away from another Difficult division False mathematics. False mathematics This social being This annoying need This useless dwelling of being To have without being Of being without first being Stay present. Act now It's time, the time is past The scream is still in the air. Falsa matemática (titulo em português) Eu e o Outro O outro no outro Que há em mim E não há no outro Que há no outro Que foge d’outro Dificil divisão Falsa matemática Falsa matemática Esse estar social Essa incomoda necessidade Essa habitação inútil do ser Do ter sem ser Sem antes estar. Agir agora É hora, é passada a hora. O grito continua solto no ar. Este poema foi escrito em abril de 2017 e o filme foi feito em outubro de 2019. Ambos se completam. Fiz o vídeo nas ruas de Glasgow como um exercício para uma oficina de vídeo. As filmagen

Prece pelo homem-poeta

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Senhor, confortai o homem-poeta. Seu coração sangra por tanta desarmonia, por tanto desalento. Senhor, confortai o homem-poeta, que já não pode navegar no plano dos deuses. que já não pode amar com a volúpia das paixões. Senhor, acalentai as lágrimas do homem-poeta que seus olhos ardem por contínuas insônias, que seus ombros gemem pelas dores de outros ombros. Peço-vos. Suplico-vos. Confortai o homem-poeta que perdeu os braços, que secou a voz. Tende piedade, Senhor, do homem-poeta. Ele f alece nos sonhos dos Homens.

E o mundo estacionou em um domingo...

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"Parece que todos os dias são domingos". Ao ouvir meu filho, senti quão forte e profundo, quão cheia de símbolos e significados, tinha essa sua frase. Realmente, o mundo parou de repente. Estacionou em um dia de domingo e pediu a todos que ficássemos em casa. Ficássemos com nós mesmos, pertinho.  Ele pediu que pudéssemos estar com os nossos esposos e esposas, com os nossos filhos e filhas, que pudéssemos sentar à mesa para as refeições, que pudéssemos conversar em família, que pudéssemos acarinhar mais o nosso animal de estimação, que pudéssemos ter uma atenção melhor para a alimentação, para o corpo e a saúde, que pudéssemos ler os livros antes adiados e até ver aquele série de tevê por falta de tempo ou outra desculpa qualquer, que pudéssemos limpar e arrumar casa.  ARRUMAR A CASA! Deixar tudo limpo e renovado.  (RE)NOVAR - Tornar novo o que se tinha antes. Mudar, transmutar, (re)transformar, (re)ver e (re)conectar-se, todos são verbos em conjunção mais propícia ao atual