O Tarifaço de Trump e a Resposta que o Brasil Precisa Dar



Os tempos são, sem dúvida, difíceis. O anúncio de um novo tarifaço por parte do ex-presidente Donald Trump — que promete retaliações econômicas e imposições tarifárias pesadas a parceiros comerciais — acende um alerta para o Brasil. No entanto, é exatamente em momentos como este que uma nação soberana precisa se afirmar. O Brasil não pode, nem vai, ceder à pressão externa. Somos um país independente, com uma história forjada na resistência e na construção coletiva. Não entregaremos nossa soberania, tampouco as riquezas de nosso solo, nossas florestas, nossos minérios, nossa criatividade ou nosso povo.

A imposição de tarifas por parte de governos estrangeiros não pode ditar o rumo da política econômica brasileira. O Brasil precisa enxergar essa conjuntura não como ameaça, mas como oportunidade. É tempo de diversificar mercados, de fortalecer relações com parceiros que respeitem a soberania alheia, e, acima de tudo, de voltar o olhar para dentro: reconstruir a indústria nacional, investir em ciência, tecnologia e inovação, e deixar de vez a dependência das big techs que centralizam poder, conhecimento e lucros em poucas mãos e fora de nossas fronteiras.

A soberania do Brasil também passa pela digitalização. É necessário criar um alicerce sólido no campo da tecnologia, com plataformas nacionais, incentivo às startups locais, e políticas públicas que garantam autonomia digital, cibernética e industrial. Esse é o caminho para um país que quer ser protagonista no século XXI — não mais como fornecedor de commodities ou mão de obra barata, mas como gerador de inteligência, valor e soluções.

A tentativa de coerção econômica via tarifaço mostra que o jogo geopolítico está em curso. Mas o Brasil não pode se curvar. A resposta deve vir com estratégia, com visão de longo prazo e com a confiança de que temos potencial e recursos — naturais e humanos — para nos tornarmos líderes de um novo tempo.

O momento exige firmeza. Exige coragem. E exige, acima de tudo, a reafirmação de que o Brasil é do Brasil — e de mais ninguém.

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