Estudar ouvindo música: ajuda ou atrapalha?

 




Com toda certeza você conhece alguém que adora ouvir música enquanto estuda. Aliás você pode ser até mesmo essa pessoa. 


Então, antes de criticar qualquer um ou levar valores partindo para uma discussão, analise primeiro essa prática com base em uma leitura especializada. Isso vai ajudar a você mesmo compreender esse seu comportamento.

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Quais são os benefícios e os malefícios que a música pode trazer para esse momento de aprendizagem? 


Especialistas indicam que estudar ouvindo música clássica, por exemplo, ativa as ondas Alfa do cérebro e, neste estado de frequência mental, uma pessoa apresenta maior capacidade de aprendizagem, resolução centralizada de problemas e memorização eficaz, o que ajuda a melhorar o desempenho intelectual e até cognitivo.

Mas, para outras pessoas, estudar ouvindo música pode ser um obstáculo tremendo à concentração e acabar prejudicando bastante o desempenho delas no processo de aprendizagem.

Então, isso não tem uma regra absoluta! Tudo tem suas variáveis que precisam ser levantadas e levadas em questão. Cada pessoa tem uma forma de assimilar informação e transformar em conhecimento.  O que parece ser uma mais-valia para uns, pode ser ruim e prejudicar outros.

Neste post, trazemos o que estudiosos de Educação e especialistas de outras Ciências correlatas falam sobre esse assunto tão usual do nosso cotidiano. Questões que podem auxiliar você a entender melhor essa prática e o que ficou conhecido como “Efeito Mozart”.

 O efeito Mozart, o que é isso?

Falo do magnífico e genial compositor austriaco Wolfang Amadeus Mozart, que, no século XVIII, criou uma música inspirada pelos deuses. Desde criança, ele já apresentava um talento amplo e diversificado para a música camerística e orquestral. 

Mas o que isso tem a ver com a Educação e os processos de aprendizagem? O que educadores e demais estudiosos têm a dizer sobre os efeitos causados pelas composições mozartianas.

Bem, nos anos 1990, um pesquisador francês publicou um livro que defendia a tese de que a sonoridade de Mozart retreinava os ouvidos e influenciava o cérebro para um maior desempenho de aprendizagem.

Tal estudo desencadeou a outros pesquisadores avançarem no tema, afirmando que as composições do austríaco expandia as frequências mentais e desenvolvia o QI do aluno. Ou seja, se você ouvisse Mozart ficava mais inteligente. Assim, pode-se concluir, que ouvindo Mozart enquanto estuda amplia as suas percepções intelectuais e traz combustível para os seus neurônios mentais. Taí, então: - “Super gênio, ativa!”

Vários artigos foram publicados em revistas científicas, mas, na verdade, nada de específico se comprovou dos estudos preliminares. Surge  aí um mito sem nunca ter sido provado e nem desmentido. O genial Mozart não descansa nem no túmulo, após a morte.

Esmiuçando os efeitos da música para um processo de cura e o desenvolvimento de habilidades

Todavia, o tema merece a atenção e muitos pesquisadores brasileiros e estrangeiros estão se dedicando para entender o funcionamento do cérebro humano. 

Eles analisam que existe uma relação maior entre a música e a obtenção de habilidades e competências, entre música e movimento corporal, entre a música e a memória.

A música pode servir ao tratamento de doenças mentais e de traumas clinicamente diagnosticados de natureza emocional. Há, inclusive, uma ferramenta bastante eficiente entre a arte e a saúde: a musicoterapia. 

As práticas da musicoterapia apontam para o papel da música como ferramenta de intervenção em diferentes oscilações neurológicas como o autismo, dislexia e afasia.

E, segundo a Federação Mundial de Musicoterapia, a técnica serve para restabelecer a comunicação, a expressão e o aprendizado. A pessoa atendida por esse método híbrido adquire aspectos curativos e recupera habilidades mentais e cognitivas antes atrofiadas. 

Os efeitos na memória e déficit de atenção

Há estudos sendo desenvolvidos que comprovam o uso da pulsação rítmica e a sequência melódica harmônica ajudam na memorização de um conteúdo informativo e na capacidade de concentração.

Mas o que os estudos evidenciam? 

Não é qualquer música que causa esses efeitos positivos nas pessoas. Geralmente são as músicas clássicas que tem um andamento mais suave. As canções com letras e batidas mais intensas, ao contrário, aceleram os batimentos cardíacos e aumentam o nível de ansiedade.   

E como a música age no cérebro? 

O cérebro pode parecer um sujeito bem elitista. Só escuta e reage positivamente com a estrutura melódica e harmônica da música clássica. Não aceita outro estilo musical.

Numa universidade norte-americano, em 2014, pesquisadores neurocientistas e musicistas aprofundaram colocando músicos de jazz para tocar seus instrumentos enquanto faziam uma ressonância magnética do cérebro. Essa prática serviu para verificar quais partes respondiam aos estímulos. 

Pois bem, eles constataram que as regiões cerebrais foram ativadas com as sonoridades dos instrumentos.

Os pesquisadores solicitaram que os instrumentistas improvisassem um tema musical em conjunto e o cérebro funcionou igualmente numa conversa com outra pessoa. 

Aí, os estudos evoluíram para músicas com batidas mais repetitivas e, em seguida, canções letradas com ritmos dançantes. Nestes casos, os pesquisadores analisaram que havia uma alteração de humor e de comportamento. 

Essa descoberta serviu para mostrar os processos comunicativos e as reações sonoras do cérebro com diferentes pulsações rítmicas. 

As músicas mais melódicas e harmônicas levam ao estado de relaxamento, fazendo com que a pessoa entrasse numa frequência de concentração, abrindo os canais comunicativos às novas informações, novos aprendizados. É o que se classifica de ondas Alfa do cérebro.

As ondas Alfa e seus efeitos 

Os efeitos causados são de liberação de espaço, como, por exemplo, você faria a limpeza do Google Drive. Apaga-se arquivos já desnecessários para outros novos.


Essa prática também é experimentada em um processo de meditação, como o Yoga, e mostra resultados visíveis na qualidade de saúde, bem-estar e aprendizado. 


Finalizando...


Então, por fim, que conclusão se chega aqui? Volta-se a pergunta inicial.


Estudar ouvindo música ajuda ou atrapalha o processo de aprendizagem?


Fica claro que a arte musical tem benefícios na cura de pessoas. O cérebro responde muito bem as variadas técnicas híbridas que combinam música e terapia. Isso já se tem estudos avançados e comprovados que demonstram resultados positivos.


Também é positivo o uso da música no processo introspectivo, buscando um relaxamento vibracional e corporal que conduza a um nível de excelência da aprendizagem. Todavia músicas que tenham um equilíbrio sonoro melódico e rítmico, como o estilo instrumental erudito, jazzístico e de natureza similar.


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